A desidratação da pele, tanto do rosto como do corpo, é muito comum nesta altura do ano.
Não só porque a função de proteção da nossa barreira cutânea fica comprometida pela
agressão por raios UV, como também pelo aumento da transpiração.
A função de barreira cutânea da pele, para além de proteção dos raios UV, mantem fora da pele
outros potenciais invasores e é essencial para permitir que o corpo mantenha a sua
homeostase.
Para que esta harmonia ocorra há diferentes parâmentros que devem estar garantidos.
Um deles é sem dúvida o equilíbrio de água. Nós somo constituídos por cerca de 60% de água. Se esta percentagem não é mantida constantemente, processos internos começam a ser comprometidos.
A nossa pele contribui para manter a água no nosso corpo de forma a garantir a homeostase da água e o equilíbrio eletrolítico.
Quando a água do interior do corpo é perdida para o exterior através da epiderme, designa-se como “perda de água transepidérmica”.
Com o aumento da temperatura, aumenta a nossa transpiração como forma de controlo de temperatura do corpo, aumentando assim a perda de água.
O factor determinante para a perda de água transepidérmica é a camada lipídica do estrato
córneo. Esta camada contem colesterol, ceramidas e ácidos gordos livres e tem
como objetivo tornar a pele “à prova de água” (caso contrário em cada banho iriamos
insuflar).
Para além destas ceramidas, o sebo produzido pelas glândulas sebáceas, serve de
transporte da vitamina E, um antioxidante que desempenha importantes ações na superfície
cutânea e é naturalmente impermeável à água.
Os queratinócitos presentes na nossa pele expelem os conhecidos Fatores Naturais de
Hidratação (FNHs) – humectantes que se ligam à água atribuindo à pele um aspeto preenchido.
Um dos FNHs mais importante é o Ácido Hialurónico (AH) que é capaz de reter entre 500 a 1000 vezes, ou mais, o seu peso em água!!
Uma pele hidratada tem a quantidade de água adequada e existem formas fisiológicas de melhorar a hidratação da pele.
É importante auxiliar a hidratação da pele com:
ALIMENTAÇÃO:
O consumo de mangas e abacates, por exemplo, aumenta os níveis de Ácido Hialurónico.
Os ácidos gordos essenciais melhoram o conteúdo lipídico e são encontrados nos ácidos
gordos ómega 3 e 6. Peixes de água fria como o salmão, o arenque, o atum, a cavala e a
sardinha são ricos em ómega 3. Os ómegas 6 derivam de origens vegetais como os abacates e
as nozes.
TÓPICOS:
Ácidos gordos essenciais – oleico, linoleico e alfa linoleico – são disponibilizados por vários
ingredientes de aplicação tópica – azeitona, grainha de uva, avelã e manteiga de karité.
Ácido hialurónico pode também ser utilizado.
AH em tópico ajuda na retenção de água, mantendo a sua humidade, a hidratação nas células e nos espaços intracelulares. A aplicação tópica de AH faz a epiderme parecer mais densa.
AH injetável, com diferentes pesos moleculares consoante o objetivo de hidratação,
revitalização ou preenchimento e volumização também pode ser utilizado
No entanto o nutriente essencial é a ÁGUA! É necessário um consumo adequado para prevenir
a desidratação.
A maioria da população está cronicamente desidratada. Uma pele desidratada apresenta rugas mais visíveis e profundas.
Tanto a saúde como o aspeto da pele podem ser melhorados com o consumo deste simples
fator.